Como deter a ansiedade diante das horas? O compasso das horas, de cada segundo, impregnado de tantas saudades e de tanta solidão?
Seus passos são silenciosos, caminham num compasso ensurdecedor, até que entre badaladas avisam o tempo de levantar e entrar em cena, contar palavras, dando-lhes vida enquanto os olhos se encontram.
Das horas nos chegam a rotina, suas repetições e o inesperado. Nelas percorrem noites insones ou esboçam-se as marcas do sono compartilhado. Delas vem a ansiedade pelas palavras, pelo o que elas farão de nós. Nelas os dedos tocam o inenarrável medo diante do que desconhecemos e do que nos falta. Delas nos esquecemos e nos lembramos, delas escorre a inquietude diante da espera de quem amamos. Nos abraços de seus ponteiros é preciso escolher, deitar sobre o tempo, atravessar saudades, sobreviver suas lentidões e até mesmo os olhares que nos espreitam. Das horas deslizam o passado e novas vidas. Enquanto caminhamos entre areias, entre montanhas, olhares, só existem horas que tentamos preencher com os nossos passos ... e mesmo com os silêncios. Em seus passos, somos impetuosos, e quando nos exilam em esperas, criamos mundos, muitas vezes não existentes, mas que ganham vida, devidos às muitas esperas e as urgências de se ir vivendo.
Delas também atravessa a impiedosa ausência que nos fere, a dor aguda do que não encontramos no outro e mesmo assim insistimos em pedir e esperar. Mas nada podemos fazer diante do que não podem nos dar, é preciso seguir, sufocando perdas, respirando ganhos. Seus passos lentos nos afligem, não menos que quando correm diante de nós e ficamos apenas com o gosto das lembranças.
Nelas o tempo nos fere com suas esperas e seus movimentos impetuosos. Nelas é sempre preciso viver, seja de que jeito for, ferido, sorrindo, chagados pelo incompreensível, mesmo assim escolher, tocar a vida na ponta dos dedos, escolhendo sempre por ela seja qual for a trilha que se fechou ou a que ainda não se abriu diante de nossos pés. Dão-nos asas, mesmo quando enxergamos somente ninhos ... Abrem mundos mesmo quando estamos com os nossos pés fincados no solo onde pisamos. Dos minutos que as compõem cruzamos com o que as esquinas dos desejos nos dão. Fazem-nos esperar e se a ânsia for maior que a espera não poderemos ver o que a sua lentidão poderia ter nos dado. Jogo de minutos e segundos? Jogos da vida. Compasso voraz da existência, que nos pede um pouco de alma, de calma, paciência.
Contar os seus intricados fios e neles compor versos, como se eles nos aproximassem de quem queremos e do que desejamos, como se isso trouxesse o calor de corpos, cheiros dos lugares visitados, como se abrissem portas quando estamos cerrados em nós.
Seus passos são silenciosos, caminham num compasso ensurdecedor, até que entre badaladas avisam o tempo de levantar e entrar em cena, contar palavras, dando-lhes vida enquanto os olhos se encontram.
Das horas nos chegam a rotina, suas repetições e o inesperado. Nelas percorrem noites insones ou esboçam-se as marcas do sono compartilhado. Delas vem a ansiedade pelas palavras, pelo o que elas farão de nós. Nelas os dedos tocam o inenarrável medo diante do que desconhecemos e do que nos falta. Delas nos esquecemos e nos lembramos, delas escorre a inquietude diante da espera de quem amamos. Nos abraços de seus ponteiros é preciso escolher, deitar sobre o tempo, atravessar saudades, sobreviver suas lentidões e até mesmo os olhares que nos espreitam. Das horas deslizam o passado e novas vidas. Enquanto caminhamos entre areias, entre montanhas, olhares, só existem horas que tentamos preencher com os nossos passos ... e mesmo com os silêncios. Em seus passos, somos impetuosos, e quando nos exilam em esperas, criamos mundos, muitas vezes não existentes, mas que ganham vida, devidos às muitas esperas e as urgências de se ir vivendo.
Delas também atravessa a impiedosa ausência que nos fere, a dor aguda do que não encontramos no outro e mesmo assim insistimos em pedir e esperar. Mas nada podemos fazer diante do que não podem nos dar, é preciso seguir, sufocando perdas, respirando ganhos. Seus passos lentos nos afligem, não menos que quando correm diante de nós e ficamos apenas com o gosto das lembranças.
Nelas o tempo nos fere com suas esperas e seus movimentos impetuosos. Nelas é sempre preciso viver, seja de que jeito for, ferido, sorrindo, chagados pelo incompreensível, mesmo assim escolher, tocar a vida na ponta dos dedos, escolhendo sempre por ela seja qual for a trilha que se fechou ou a que ainda não se abriu diante de nossos pés. Dão-nos asas, mesmo quando enxergamos somente ninhos ... Abrem mundos mesmo quando estamos com os nossos pés fincados no solo onde pisamos. Dos minutos que as compõem cruzamos com o que as esquinas dos desejos nos dão. Fazem-nos esperar e se a ânsia for maior que a espera não poderemos ver o que a sua lentidão poderia ter nos dado. Jogo de minutos e segundos? Jogos da vida. Compasso voraz da existência, que nos pede um pouco de alma, de calma, paciência.
Contar os seus intricados fios e neles compor versos, como se eles nos aproximassem de quem queremos e do que desejamos, como se isso trouxesse o calor de corpos, cheiros dos lugares visitados, como se abrissem portas quando estamos cerrados em nós.
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