quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Sous le vent...



"Os deuses não sabem apanhar o momento esvoaçante como quem aprisiona um besouro na mão, não sabem o contacto delicioso, inquietante do que- só uma vez! - os dedos reterão... " (Quintana, Baú de Espantos, 2006, p.125).

Apenas pensamentos é que tenho para te dar, embalado em sonhos, signos que não sei decifrar. Distraídos de nós mesmos nem sequer sabemos ler as grafias que a vida escreve, enquanto isso from the other side desconhecemos fronteiras do que se preserva esquecido, tocado. Pouco sabemos de nós mesmos e dos caminhos que trilhamos. Rostos que se desenham em contornos de espantos. Sensações de corpos que se conhecem, mãos que já se encontraram, tudo tecido em sonhos, estendidos numa colcha de retalhos que nos aquece nos invernos da alma. 

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