São Paulo 23 de Dezembro, 2016.
Estamos sempre em busca, numa longa viagem,
talvez a procura de nós mesmos. Cidades, ruas, fusos...rostos, mãos, palavras,
imagens como labirinto, diria Jorge Luís Borges, como se caminhássemos numa
biblioteca de Babel a céu aberto.
Num instante a chuva se derrama pelo vidro e muda
a direção, nem sou mais a mesma e nem a cidade diante de meus olhos. Procuro um
endereço, um nome, uma rua, um livro, a saúde, o amor, um rosto...? Perdendo-me,
finalmente me encontro? Não chego porque não sei o destino da viagem, não parto
totalmente porque não aprendi a ir. Vôos que nos trazem para dentro de nós
mesmos, horas que aproximam cidades, sono que não vem. Sensações de
paisagens turvas dentro de mim.
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