"O chão é um papel, tudo se escreve nele." (Mia Couto, 2005, p.186).
Leio o chão,
Leio as nuvens,
as falésias,
o desenho do mar
e até mesmo o que eu nunca soube que saberia ler.
Leio a ti em mim, leio muito de mim em ti.
Leio inconscientemente e o que não se explica,
Leio os sons do dias, mas sobretudo, os ruídos das madrugadas.
Leio uma caligrafia de gestos que não sei entender,
sotaques do chão diz o poeta,
uma terra chamada casa,
uma morada sem teto,
onde a vida se abriga em nós.
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