segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Sotaques do Chão

"O chão é um papel, tudo se escreve nele." (Mia Couto, 2005, p.186).

Leio o chão,
Leio as nuvens,
as falésias,
o desenho do mar
e até mesmo o que eu nunca soube que saberia ler.
Leio a ti em mim, leio muito de mim em ti.
Leio inconscientemente e o que não se explica,
Leio os sons do dias, mas sobretudo, os ruídos das madrugadas.
Leio uma caligrafia de gestos que não sei entender,
sotaques do chão diz o poeta,
uma terra chamada casa,
uma morada sem teto,
onde a vida se abriga em nós.

sábado, 27 de agosto de 2016

 " A terra, a árvore, o céu: é na margem desses mundos que tento a ilusão de uma costura. É uma escrita que aspira ganhar sotaques do chão..." Mia Couto, O Último Vôo do Flamingo, 2005: 224.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Ayúdame

"Ayúdame si puedes,
(...)
realmente apreciaría
tu compañia.
Ayúdame a volver a poner
los pies sobre la tierra.
¿Quiéres por favor?
por favor, ayúdame".